
Biografia
Compositor. Orquestrador. Flautista. Saxofonista. Segundo depoimento dado pelo músico ao Museu da Imagem e do Som: "Meu nome completo é Alfredo da Rocha Vianna. Nasci em 23 de abril de 1898, no bairro da Piedade. A rua não posso precisar. Para o meu irmão Léo foi na Rua Alfredo Reis, mas para o João da Baiana e o Donga, foi na Rua Gomes Serpa. O número da casa nimguém sabe ao certo. Só vendo o registro de batismo feito na Igreja de Santana. Meu pai chamava-se Alfredo da Rocha Vianna e minha mãe Raimunda da Rocha Vianna. Meu irmão Léo acha que o nome era Raimunda Maria Vianna". Apesar das informações contidas em seu depoimento, segundo seus biógrafos Marília Trindade e Arthur de Oliveira, a certidão de batismo de Pixinguinha atesta o ano de 1897 como a data correta de seu nascimento. Sua mãe casou-se duas vezes e teve um total de 14 filhos. O segundo marido, Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos Correios e Telégrafos, era músico amador. Possuía grande arquivo de choros e com freqüência promovia em sua casa reunião de músicos entre os quais os célebres chorões Irineu de Almeida (conhecido como Irineu Batina), Candinho Tombone, Viriato, Neco, Quincas Laranjeiras, entre outros. Ainda na infância, recebeu de sua prima Eurídice, conhecida por Santa, o apelido de Pizindim ou Pizinguim (menino bom), ou, em outra hipótese menos aceita, seria a corruptela de bexiguinha, já que quando criança, teria a face marcada por bexiga, nome que, após várias transformações, veio a dar em Pixinguinha, com o qual fez carreira e se tornou conhecido de todos os brasileiros. Iniciou seus estudos num colégio particular pertencente ao Professor Bernardes, que "dava bolinhos na gente e mandava ficar de joelhos". Transferiu-se para o Liceu Santa Tereza e deste para o Colégio São Bento onde foi sacristão. Sua numerosa família contava com músicos como seus irmãos Otávio (China) que tocava violão de seis e sete cordas, banjo, cantava e declamava, Henrique e Léo que tocavam cavaquinho e violão, Edith era pianista e Hermengarda não se tornou cantora profissional devido à proibição de seu pai. Iniciou-se na música pelas mãos de seus irmãos Léo e Henrique que o ensinaram a tocar cavaquinho. Em pouco tempo passou a acompanhar o pai, que o levava aos bailes. Por essa época, a família mudou-se para o bairro do Catumbi, e os meninos passaram a receber aulas de música de Borges Leitão, seu vizinho de rua. Por volta de 1908, compôs sua primeira música, o choro "Lata de leite". Ainda no bairro do Catumbi, a família transferiu-se para a Rua Elione de Almeida, passando a residir num casarão com oito quartos, quatro salas e um enorme quintal, residência que se tornou conhecida como a "Pensão Vianna", devido à bondade de seu pai que abrigava com freqüência amigos em dificuldades financeiras, como Irineu Batina, músico responsável pelo sua iniciação. Sua musicalidade impressionou o pai que importou da Itália uma flauta de prata da marca "Balacina Biloro", a mais famosa da época, feita por encomenda. Com rápido desenvolvimento no instrumento, Irineu Batina, na época diretor de harmonia da Sociedade Dançante e Carnavalesca Filhas da Jardineira, o levou para tocar na orquestra do rancho, em 1911. No ano seguinte, Pixinguinha tornou-se diretor de harmonia do rancho "Paladinos japoneses" , tomando parte em outro conjunto conhecido por "Trio suburbano", formado por Pedro Sá, no piano, Francisco de Assis, no violino, e por ele, na flauta. Em 1927, casou-se com Albertina da Rocha, estrela da Companhia Negra de Revista. O casal passou a residir em uma casa alugada no subúrbio de Ramos. Em 1933, diplomou-se em teoria musical no Instituto Nacional de Música. Nesse mesmo ano, Pedro Ernesto o nomeou para o cargo de Fiscal de Limpeza Pública, desejando que Pixinguinha reunisse os colegas de repartição e fundasse uma banda, a Banda Municial, que faria sua primeira exibição na posse do primeiro prefeito eleito do Distrito Federal, em 1934, que não seria outro senão o próprio Pedro Ernesto. Em 1935, o casal Betty - Pixinguinha, adotou uma criança, Alfredo da Rocha Vianna Neto, o Alfredinho. Em maio de 1956, foi homenageado pelo prefeito Negrão de Lima com a inauguração da Rua Pixinguinha, no bairro de Olaria, onde morava. Dois anos mais tarde, sofreu uma segunda crise cardíaca, contornada pelos médicos. Ainda em 1958, recebeu o Prêmio da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, diploma concedido ao melhor arranjador pelo Correio da Manhã e pela Biblioteca Nacional. Durante sua vida, recebeu cerca de 40 troféus. Em 1961, Jânio Quadros logo após assumir a Presidência da República criou o Conselho Nacional de Cultura, e por sugestão do musicólogo Mozart de Araújo, o nomeaou Conselheiro, com a nomeação publicada no Diário Oficial. Em 1964, sofreu um forte edema pulmonar. Na ocasião, assim reportou o jornal O Globo, em sua edição de 26 de junho daquele ano: "Edema pulmonar agudo levou o músico e compositor Pixinguinha a internar-se ontem à tarde no Hospital Getúlio Vargas, onde, após ser submetido a sangria, foi posto em tenda de oxigênio. Embora seja grave o seu estado, já apresentava melhorias à noite, sempre assistido pelo filho, Alfredinho. Pixinguinha tem 66 anos, 42 dos quais dedicou à música". Depois de submetido a uma sangria e ser colocado por cerca de cinco horas no balão de oxigênio, foi transferido, no dia seguinte para o Instituto de Cardiologia Aloísio de Castro. Pelo período de dois anos, afastou-se das atividades artísticas. Um mês depois, o mesmo jornal publicou a seguinte nota "Um check-up a que será submetido hoje pelo seu médico assistente, Dr. Ernâni Trota, dará a Pixinguinha o direito de deixar o Instituto de Cardiologia, onde está internado há mais de um mês, e marcará sua volta ao saxofone e ao Bar Gouveia, onde, há muitos anos, reúne-se diariamente com Donga e outros companheiros da velha guarda". Em 1966, foi um dos primeiros a registrar depoimento para a posteridade no Museu da Imagem e do Som. Em 1967, recebeu a Ordem de Comendador do Clube de Jazz e Bossa, dirigido por Ricardo Cravo Albin e Jorge Guinle, além do Diploma da Ordem do Mérito do Trabalho, conferido pelo Presidente da República e o 5º lugar no II Festival Internacional da Canção, onde concorreu com o choro "Fala baixinho", feito em parceria com Hermínio B. de Carvalho. Em comemoração a seus 70 anos, o Conselho de Música Popular fez realizar uma exposição retrospectiva no M. I. S., instituição que promoveu concerto realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no qual tomaram parte Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali e o conjunto Época de Ouro, e do qual resultaria um LP editado pelo M. I. S. Em 1972, sua esposa faleceu, fato que lhe abalou profundamente. Nesse mesmo ano, passou a receber aposentadoria pelo INPS, que lhe atenuou os problemas financeiros. Em 1973, faleceu vitimado por problemas cardíacos durante a ceromônia de batismo de Rodrigo Otávio, filho de seu amigo Euclides de Souza Lima, realizada na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, em pleno domingo de carnaval, no mesmo momento em que a famosa Banda de Ipanema começava a desfilar. Em 1974, foi homenageado pela Escola de Samba Portela com o enredo "O mundo melhor de Pixinguinha", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, com o qual a escola desfilou no carnaval. Embora não ganhando, a repercussão do desfile foi muito grande. Também foi homenageado pelo Ministério da Cultura com seu nome encimando o Projeto Pixinguinha, que enviava elencos de cantores e músicos para todo o Brasil, projeto que seria reativado em 2004, pela Funarte.
Carreira
Em 1911, começou sua tragetória artística apresentando-se no carnaval como integrante da orquestra do grupo carnavalesco Filhas da Jandira, no qual o diretor de harmonia era o seu professor, Irineu de Almeida. Nesse ano, realizou sua primeira gravação, na Favorite Record, como integrante do grupo Choro Carioca, do qual faziam parte, além dele na flauta, seus irmãos Otávio, o China e Léo, que tocavam violão e mais um cavaquinista. O grupo, dirigido por Irineu de Almeida registrou na ocasião a polca "Nhonhô em sarilho", de Guilherme Cantalice. Ainda nesse ano, gravou com o Choro Carioca as polcas "Nininha" e "Dainéia" e o xote "Salve", de Irineu de Almeida, e as polcas "São João debaixo d'água" e "Isto não é vida", de autores desconhecidos. Em 1912, atuou como diretor da orquestra do Rancho Paladinos Japoneses. Nesse ano, gravou na Odeon com o grupo Choro Carioca o tango "O morcego" e a polca "Qualquer coisa", de Irineu de Almeida, e o tango "Lulu", de autor desconhecido. Nesse ano, ainda de calças curtas, foi levado por seu irmão China para tocar na Casa de Chope La Concha, próxima da Av. Mem de Sá, onde apresentava-se de oito à meia-noite. Nessa mesma época, o violonista Arthur Nascimento - Tute, o levou a substituir o flautista Antonio Maria Passos na orquestra do Cine - Teatro Rio Branco, da qual se tornou integrante. Apesar da relutância do Sr. Auler, um dos sócios do teatro, em empregar um músico de apenas 16 anos de idade, o sucesso de suas interpretações lhe asseguraram um lugar na orquestra. Foi no Teatro Rio Branco, durante a apresentação da peça "Morreu o Neves" que o ator Olímpio Nogueira começou a chamá-lo de "Carne assada", apelido que pegou durante muito tempo. Ainda por volta de 1913, passou a integrar o "Grupo do Caxangá", conjunto organizado por João Pernambuco, de inspiração nordestina, tanto no repertório, como na indumentária, onde cada integrante do conjunto adotava para si um codinome sertanejo. Em sua primeira formação, o grupo reunia João Pernambuco (Guajurema), Caninha (Mané Riachão), Raul Palmieri, Jacó Palmieri (Zeca Lima), Pixinguinha (Chico Dunga), Henrique Manoel de Souza (Mané Francisco), Manoel da Costa (Zé Porteira), Osmundo Pinto (Inácio da Catingueira), Donga, Bonfíglio de Oliveira, Quincas Laranjeiras, Zé Fragoso, Lulu Cavaquinho, Nelson Alves, José Correia Mesquita, Vidraça e Borboleta. Ainda em 1913, gravou no selo Phonix, com o Grupo Carioca as polcas "Gurá" e "Roseclair", de Bonfíglio de Oliveira, e "Carne assada" e "Não tem nome", de sua autoria, suas primeiras composições gravadas. No carnaval de 1914, o Grupo do Caxangá percorreu os principais pontos da Avenida Rio Branco e "Cabocla de Caxangá" tornou-se grande sucesso musical. O ano de 1914, trouxe ainda para o músico o primeiro sucesso como compositor, com a publicação pela Casa Editora Carlos Wehrs do tango "Dominante". Em 1915, sua composição "Dominante", foi gravada como polca pelo "Bloco dos parafusos", na Odeon. Por essa época, criou o Grupo do Pixinguinha. Em 1917, gravou com seu grupo na Odeon os maxixes "Morro da favela" e "Morro do Pinto", de sua autoria, além do tango "Sofres porque queres" e a valsa "Rosa", dois clássicos também de sua autoria. Ainda nesse ano, foi convidado pelo pistonista Luís de Souza para trabalhar na orquestra do Cinema Palais que tocava durante as apresentações dos filmes mudos. Em 1918, seu samba carnavalesco "O malhador", parceria com Donga e Mauro de Almeida, foi destaque no carnaval na interpretação do cantor Bahiano. Para o carnaval de 1919, voltou a tocar num modificado Grupo do Caxangá, organizado por Donga, para se apresentar ao lado da sede da Sociedade Tenentes do Diabo. Para este clube fez o samba "Já te digo", parceria com o irmão China. A letra desse samba era uma resposta ao samba "Quem são eles?", de Sinhô. A polêmica começou, na verdade, quando Sinhô compôs "O pé de anjo", seu primeiro sucesso para o carnaval gravado por Chico Alves, que também estreava. A letra da marcha refere-se com ironia aos pés avantajados de China. O samba "Já te digo" foi o grande sucesso daquele carnaval. Passados os festejos de Momo, recebeu de Isaac Frankel, gerente do Cinema Palais, a solicitação para que que selecionasse músicos para apresentação na sala de espera do cinema. Foi assim constituído o conjunto "Os Oito Batutas", uma continuação com menos elementos do Grupo Caxangá. Contratados com a finalidade de tocar na sala de espera do cinema, o grupo tornou-se uma atração à parte, maior até que os próprios filmes. Ernesto Nazareth, Rui Barbosa e Arnaldo Guinle eram seus admiradores. O povo aglomerava-se na calçada só para ouvi-los. Conquistaram rapidamente a fama de melhor conjunto típico da música brasileira, empreendendo excursões por São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Pernambuco. Ainda nesse ano, João Pernambuco, notável violonista e compositor, foi incorporado ao conjunto, no qual permaneceu até o final de 1921.Também em 1919, teve os sambas carnavalescos "Pombinha", com Donga, e "Já te digo", com China, gravados por Bahiano na Odeon. Ainda no mesmo ano, gravou com seu grupo na Odeon os tangos "Os oito batutas" e "Os dois que se gostam", de sua autoria, e "Os escoteiros", de Donga; o samba "Fica calmo que aparece", de Donga, e as valsas "Agonia lenta", de B. Benencase e "Nostalgia ao luar", de sua autoria. Em 1920, apresentou-se com os Oito Batutas em um almoço oferecido ao Rei Alberto, da Bélgica, que estava em visita ao Brasil. No ano seguinte, gravou com seu grupo os sambas "Eu também vou", de autor desconhecido, e "Domingo eu vou lá", de Caninha. Também em 1921, o compositor e maestro J. Thomaz entrou para os Oito Batutas em substituição a Luiz Pinto da Silva, Em 28 de janeiro de 1922, Os Oito Batutas embarcaram para Paris, custeados por Arnaldo Guinle, por sugestão do dançarino Duque, divulgador do maxixe no exterior. Embarcaram apenas sete batutas, razão pela qual foram anunciados como Os batutas, ou melhor, Les batutas. Eram eles: Pixinguinha, Donga, China, Nelson Alves, José Alves de Lima, José Monteiro, voz e ritmo, e Sizenando Santos, o Feniano, no pandeiro. Os dois últimos, faziam substituição a Raul e Jacó Palmieri. J. Thomaz, que não embarcou por motivo de doença, não teve substituto. Estrearam em meados de fevereiro no Dancing Sherazade. A temporada prevista para apenas um mês, prolongou-se até o final do mês de julho. Retornam ao país em meados de agosto para participar das comemorações do centenário da Independência do Brasil. Em agosto, foram contratados por Mme. Rasimi, empresária da Companhia Ba-ta-clan, para atuar na peça "V'la Paris", revista em dois atos e 31 quadros. A revista ficou em cartaz por oito dias, seguindo para São Paulo. O grupo porém não seguiu com a companhia francesa. O primeiro emprego do conjunto após a volta ao Brasil, foi no Assírio, onde já haviam atuado. Nas apresentações, por vezes trocava a flauta pelo sax tenor, presente que lhe foi dado por Arnaldo Guinle quando ainda estavam em Paris. Ainda em 1922, gravou com seu grupo os fox-trot "Ipiranga" e "Dançando", de autores desconhecidos. Em dezembro do mesmo ano, embarcou para a Argentina com os Os Oito Batutas, que novamente com oito componentes, contava, além dele, com as presenças de Donga, China, Nelson Alves, José A . de Lima, J.Thomaz, e os novos integrantes Josué Barros ao violão, e J. Ribas ao piano. Na Argentina, incorporaram Aristides Júlio de Oliveira, o Julinho de Oliveira e convidaram conjuntos brasileiros para participar de suas apresentações. Em 1923, gravou com Os Oito Batutas para a Victor de Buenos Aires treze músicas. Após a gravação, divergências entre os integrantes do grupo trouxeram de volta ao Brasil Donga, J.Thomaz e Julinho. Os restantes, após enfrentar grandes dificuldades financeiras - conta-se que Josué de Barros apresentou-se como "enterrado vivo", para levantar algum dinheiro na cidade de Rio Cuarto - retornaram em abril do mesmo ano, com auxílio do consulado brasileiro. As gravações feitas na Argentina foram reproduzidas no CD da Revivendo, com encarte informativo de Abel Cardoso Júnior. Em 1926, atuou como regente da Companhia Negra de Revista, grupo criado e dirigido por De Chocolat, composto de artistas negros marginalizados pelas companhias teatrais da época. Conheceu Albertina da Rocha, a Bety, estrela da companhia que atuava com o pseudônimo de Jandira Aimoré, que viria a ser sua companheira para o resto da vida. O espetáculo de estréia da Companhia Negra foi a revista "Tudo preto", de De Chocolat e que alcançou grande sucesso. Em seguida, também com a Companhia Negra de Revistas, foi o regente da orquestra na revista "Preto e barbco", de Wladimiro di Roma e músicas de Lírio Panicalli. No mesmo ano, atuou na Companha Ba ta clan Preta, também organizada por De Chocolat e que estreou em São Paulo no Teatro Santa Helena com a revista "Na penumbra", de De Chocolat e Lamartine Babo. Nesse espetáculo, recebeu o seguinte comentário do jornal Estado de São Paulo, de 12 de novembro de 1926: "o notável flautista Pixinguinha é simplesmente extraordinário". Durante a curta temporada, conheceu por intermédio de Lamartine Babo o musicólogo e escritor Mário de Andrade que estava na época coletando material para a feitura de um livro que teria fundamental importância na carreira do compositor: "Macunaíma o herói sem nenhum caráter". O resultado deste encontro pode ser apreciado no Capítulo VII da obra que trata da macumba. Ainda em 1926, dirigiu o Grupo dos Ases com o qual acompanhou gravações na Odeon de Pedro Celestino no tango "Pobrezinho" e na valsa "Seduções de um beijo", de Joubert de Carvalho, e no tango "Sinos de natal" e na marcha "Casinha onde nasci", de Erotides de Campos; Bonfíglio de Oliveira nos maxixes "O vestido de Guiomar" e "Sonho de maxixe", de Bonfíglio de Oliveira, e Artur Castro, na modinha "Luar do Brasil" e na canção "Arte e bom gosto", ambas de Pedro de Sá Pereira. Gravou no mesmo ano, em solos de flauta com acompanhamento do Grupo dos Ases, o choro "Tapa buraco" e "Sapequinha", de sua autoria. Em 1927, voltou a atuar com a Companhia Negra de Revistas que se apresentou no Teatro República, no Rio de Janeiro. Nesse ano, embarcou com os Oito Batutas para uma excursão ao sul do país com apresentações em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Nesse ano, acompanhou com Nelson Alves e Tute ao cantor Francisco Alves na gravação da marcha "Os canoeiros do Norte", de Sebastião Santos Neves e das canções "Canção do seresteiro" e "Cangote cheiroso", de Pedro de Sá Pereira. Em 1928, teve três composições gravadas por Francisco Alves, o sambas "Samba de nego"; "Festa de branco" e "Ai, eu queria", este último, parceria com Augusto Amaral "Vidraça" e que teve acompanhamento da Orquestra dos Oito Batutas, com regência sua. Ainda nesse ano, acompanhou com a Orquestra do Oito Batutas gravações de Benício Barbosa, Vicente Celestino e Patrício Teixeira com destaque para as gravações dos sambas "Teus ciúmes", por Benício Barbosa e "Pé de mulata", por Patrício Teixaira, ambos de sua autoria. Também no mesmo ano, gravou em solos de flauta os choros "Infantil"; "Número um"; "Vamos brincar" e "Ainda existe", todos de sua autoria. Teve ainda outras obras de sua autoria gravadas na Parlophon: a Orquestra Típica Andreoni, que era argentina, registrou os tangos "Fraternidade" e "Mis tristezas sollo lloro", e Benício Barbosa, os sambas "Mulher boêmia", parceria com Lamartine Babo, e "Promessa". Ainda nesse mesmo ano, criou com Donga a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, conjunto composto só de instrumentos de sopro, que lançou logo três discos pela Parlophon com os choros "Lamento", "Amigo do povo" e "Carinhoso", de sua autoria; o samba "Os teus beijos", de Felisberto Martins e o maxixe "Não diga não", de Peri, além de acompanhar gravações de Benício Barbosa. Em 1929, gravou com a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga os maxixes "Despresado", de sua autoria e "Tem fogo aqui!", de Paulo dos Santos. Com essa orquestra, acompanhou nesse ano o cantor Patrício Teixeira na gravação das emboladas "Bambo lelê", de Cícero de Almeida e "Onde foi Isabé", de sua autoria, e nos sambas "Samba enxuto", de Vantuil de Carvalhjo e "Gavião calçudo", de sua autoria e que se tornou um grande sucesso. Ainda em 1929, foi inaugurada no Rio de Janeiro a RCA Victor Talking Machine Company of Brazil. A empresa promoveu concurso para orquestrador, no qual ele se inscreveu com uma orquestração de "Carinhoso", obtendo o primeiro lugar. Foi assim contratado como músico e arranjador exclusivo da Victor. "Carinhoso" foi ainda utilizada como fundo musical no filme "Acabaram-se os otários", de Luís de Barros. Também no mesmo não, gravou em solo de flauta pela Victor os choros "Aguenta Seu Fulgêncio" e "Segura ele", de sua autoria. Passou a reger a Orquestra Victor Brasileira com a qual gravou ainda em 1929 os choros "Vem cá, não vou!", "Urubatan" e "Carinhoso", de sua autoria. Como regente da orquestra Victor Brasileira acompanhou gravações de diversos artistas, entre os quais, Jaime Vogeler, Breno Ferreira, Artur Costa; Josué de Barros; Sílvio Salema; Albênzio Perrone; Sílvio Caldas; Jesy Barbosa; Carmen Miranda; Elisa Coelho; Gastão Formenti e Almirante. Dentre esses acompanhamentos destacou-se o que foi feito para a gravação do samba-canção "Maria", de Ary Barroso e Luiz Peixoto, na voz de Sílvio Caldas. A partir dessa época , passou a orquestrar quase todos os discos de carnaval lançados pela Victor, entre os quais, a orquestração de "Taí" (Pra você gostar de mim), de Joubert de Carvalho, que marcou a estréia de Carmen Miranda no carnaval, e de "O teu cabelo não nega", de autoria de Lamartine Babo e Irmãos Valença, cantada por Castro Barbosa. Em 1930, gravou com destaque em solos de flauta os choros "O urubu e o gavião" e "A vida é um buraco", de sua autoria. Sua interpretação do choro "O urubu e o gavião", foi considerada um dos pontos culminantes de sua carreira de flautista, esbanjando técnica, agilidade e clareza de execução. Nesse ano, teve duas parcerias com Cândido das Neves gravadas, o samba "Foi moamba", na voz de Breno Ferreira, e a canção "Rancho abandonado", na voz de Albênzio Perrone. Teve ainda o samba "Papagaio sabido", com C. Araújo, gravado por Breno Ferreira. Fez ainda nesse ano, uma inédita parceria com Carmen Miranda no samba "Os hôme implica comigo", gravado por Carmen Miranda, que gravou também a marcha "Carnaval tá aí", com Josué de Barros. Ainda em 1930, teve duas parcerias com Cândido das Neves gravadas por Sílvio Vieira, as canções "Fonte abandonada" e "Cafezal em flor". Em 1931, gravou com a Orquestra Victor Brasileira as marchas "Vamo chorá, nega?" e "Carrapato cum tosse", de Nelson Ferreira. Teve seu maxixe "Levanta, meu nego" gravado pela Orquestra J. Tomaz. Nesse ano, organizou e integrou como flautista, arranjador e regente o Grupo da Guarda Velha, conjunto que reuniu alguns dos maiores instrumentistas brasileiros da época entre os quais Donga e João da Bahiana. Com esse grupo, acompanhou gravações de artistas como Elisa Coelho; Jonjoca e Castro Barbosa; Francisco Sena; Carmen Miranda.Murilo Caldas e Sílvio Caldas, entre outros. O primeiro disco do Grupo da Guarda Velha, lançado em outubro de 1931, tinha o partido alto "Há! Hu! Lahô!" e a chula-raiada "Patrão prenda seu gado", de sua autoria, Donga e João da Bahiana. No mesmo ano, o Grupo da Guarda Velha gravou o partido-alto "Conversa de crioulo", de sua autoria, Donga e Pixinguinha e o batuque "Café Viramundo", de J. B. de Carvalho, e com vocais de Zaíra de Oliveira e Francisco Sena, a batucada "Já andei" e a macumba "Que querê", de sua autoria, Donga e João da Bahiana. Teve ainda o samba "Raiado", com Gastão Viana, gravado por Gastão Viana com o grupo Agrião com Espinha.Também em 1931, foi contratado pela Columbia que na ocasião abriu uma fábrica no Rio de Janeiro, atuando como regente e arranjador da Orquestra Columbia. Nessa gravadora, acompanhou com sua orquestra gravações de Mário Reis, Patrício Teixeira; Arnaldo Amaral; Léo Vilar; Noel Rosa; Sônia Barreto; Murilo Caldas; André Filho; Aracy de Almeida e Castro Barbosa. Em 1932, gravou com o Grupo da Guarda Velha o maxixe "Ainda me recordo" e o choro "Estou voltando", de sua autoria. Nesse ano, seu partido-alto "Samba de fato", com Cícero de Almeida foi gravado por Patrício Teixeira. Em setembro desse ano, participou da inauguração, nos escombros do Teatro São José, da Casa de Caboclo, um teatro exclusivamente dedicado ao folclore, à música popular e às coisas típicas de nosso país. Na inauguração, estiveram presentes como padrinhos, os poetas Ana Amélia de Queirós Carneiro de Mendonça e Olegário Mariano. Na ocasião, dirigiu um pequeno conjunto instrumental, e o duo caipira Jararaca e Ratinho como atração do espetáculo. Com o sucesso, a companhia teatral mudou-se para o Teatro Fênix. Em fins de 1932, organizou na Victor a orquestra "Diabos do céu", com alguns dos integrantes do Grupo da Velha Guarda. A estréia em disco ocorre quando acompanhou Carmen Miranda na gravação de "Etc", samba de Assis Valente. Com o grupo Diabos do Céu, realizou algumas gravações, a primeira delas, em 1933, do choro "Nostalgia de Plutão", de Cícero Menezes. Nessa época, passou um ano atuando no dancing "Eldorado", na Praça Tiradentes, Rio de Janeiro. Passou também a atuar como flautista na Rádio Transmissora. Ainda no mesmo ano, seus sambas "Casado na orgia" e "Não gostei dos teus olhos", com João da Bahiana, foram gravados por Patrício Teixeira na Columbia. Para o carnaval do ano seguinte, gravou com os Diabos do Céu os frevos "Luzia no frevo", de Antônio da Silva; "Braúlia", de Justiniano de Albuquerque; "Tudo no arrastão", de Severino ramos e "Quebra, meu bem", de Jones Johnson. Ainda em 1934, seu choro "Naquele tempo", foi gravado ao bandolim por Luperce Miranda, e o samba "Nascí pra domador", com Valfrido Silva, foi lançado por Arnaldo Amaral na Columbia. Nesse ano, gravou na Odeon em solo de flauta o choro "Recordando" e a valsa "Iolanda", de sua autoria. Em 1936, gravou com os Diabos do Céu os frevos "Diabo solto", de Levino Ferreira e "Não há mais vale", de José Gonçalves, o Zumba. Ainda nesse ano, teve os sambas "Por você fiz o que pude" e "Você é bamba", com Cícero de Almeida, gravados por Carmen Barbosa na Columbia. Em 1937, fez os arranhos para as músicas "Rosa" e "Carinhoso", de sua autoria gravadas por Orlando Silva. O choro "Carinhoso", comosto ainda na década de 1920, recebeu letra de João de Barro, fator fundamental para a popularização da composição, que recebeu após o registro de Orlando Silva cerca de 200 gravações e se converteria numa das músicas mais apreciadas de todo o cancioneiro do Brasil. Nesse mesmo ano, reuniu quatro músicos: Tute, violão de sete cordas, Luperce Miranda, cavaquinho, Valeriano, violão de seis cordas e João da Baiana, pandeiro, formando o conjunto Os Cinco Companheiros, com que atuou no Dancing Eldorado e no Palácio Guanabara, com Vicente Celestino e Gilda de Abreu. No início desse mesmo ano, foi convidado pelo radialista César Ladeira e passou a trabalhar na Rádio Mayrink Veiga atuando como flautista de pequenos conjuntos, arranjador e regente. Em 1938, gravou com os Diabos do Céu as marchas-frevo "Bicho danado", de José Gonçalves, o Zumba e "Diabinho de saia", de Levino Ferreira. Nesse ano, teve o lundu "Yaô africano" e o samba-jongo "Mulata baiana", ambas com Gastão Viana, gravadas por Patrício Teixeira, e a valsa "Página de dor", com Cândido das Neves, lançada por Orlando Silva. Em 1939, teve o samba "Você não deve beber", parceria com Manoel Ribeiro gravado pelo Coro RCA Victor, e a marcha-rancho "Céu do Brasil", com Gomes Filho, lançada por Roberto Paiva. Em 1940, Leopoldo Stokowski solicitou a Villa-Lobos que selecionasse e reunisse os mais representativos artistas de música popular brasileira para gravação de músicas destinadas ao Congresso Pan-Americano de Folclore. Foi incluído no grupo montado pelo maestro Villa-Lobos, que escolheu também, Cartola, Donga, João da Baiana e Zé Espinguela. As gravações realizaram-se na noite de 7 para 8 de agosto de 1940, a bordo do navio Uruguai atracado no Armazém 4. Foram registradas 40 músicas, e dessas 40 apenas 16 chegaram ao disco reproduzidas nos Estados Unidos em dois álbuns de quatro fonogramas cada um, sob o título "Columbia presents - Native Brazilian music - Leopold Stokowski". Nessas gravações, atuou em diversos registros como regente, solista e até mesmo cantor, interpreteando em dueto com Jararaca a canção "Zé Barbino", de autoria da dupla. Em 1941, gravou com seu conjunto os choros "Lamentos", de sua autoria, e "Carinhoso", com João de Barro. Teve no mesmo ano, o lundo "Uma festa de Nanã", com Gastão Viana, gravado por Patrício Teixeira. Em 1942, gravou na Odeon em solos de flauta os choros "Chorei" e "Os cinco companheiros", de sua autoria. Em 1945, o choro "Variações sobre o urubu e o gavião" foi regravado por Benedito Lacerda. Em 1946, largou a flauta passando a se dedicar ao saxofone. Nesse época, formou dupla com o flautista Benedito Lacerda, tendo gravado com acompanhamento de seu regional, uma série de choros entre os quais "Um a zero", "Sofres porque queres", e "Ainda me recordo". Todas essas músicas foram assinadas como parcerias da dupla, embora saiba-se hoje que tratava-se de uma troca na qual cedia a parceria e Benedito Lacerda cuidava da divulgação e arrecadação da obra. Ainda como parte do trato, Benedito Lacerda conseguiu fundos para que ele saldasse a dívida de uma casa que havia comprado. Ainda em 1946, seu lundu "Benguelê", com Gastão Viana foi gravado pelos Anjos do Inferno. Gravou com Benedito Lacerda os choros "Um a zero"; "Sofres porque queres"; "Naquele tempo"; "Segura ele"; "Vou vivendo"; "Cheguei"; "Pagão"; "Descendo a serra"; "Urubatan"; "Proezas de Solon" e "Ingênuo", e a polca "Ele e eu", parcerias dos dois, além de "Tico-tico no fubá", de Zequinha de Abreu e "Saudades de Matão", de Jorge Galatti. Em 1947, gravou ao saxofone, com Benedito Lacerda na flauta, os choros "Ainda me recordo" e "Os oito batutas", de autoria dos dois; "André de sapato novo", de André Vitor Corrêa e "Saudade do Rio", de Zequinha Reis. Nesse ano, sua marcha "Minha cigana", com Benedito Lacerda, foi gravada por Abílio Lessa na RCA Victor, e a marcha "As vitaminas", com Jararaca, foi gravada por Jararaca com com Coro e ritmo Odeon. Em 1948, o choro "Saudade de Santa Cruz", parceria com Muraro, foi gravado na Continental por Muraro, ao piano. Em 1949, voltou a gravar com Benedito Lacerda, registrando os choros "Sedutor"; "Soluços"; "Acerta o passo"; "Marilene"; "Só para moer"; "Devagar e sempre" e "Segura a mão", parcerias dos dois; "Língua de preto", de Honorino Lopes; "Agüenta, seu Fulgêncio", de sua autoria e Lourenço Lamartine, além da polca "O gato e o canário", com Benedito Lacerda. Ainda nesse ano, os choros "Seresteiro" e "Sofres porque queres", Com Benedito Lacerda, gravados três anos antes por Isaura Garcia foram laçados pela RCA Victor. Também o choro "Um a zero", foi regravado por Garoto ao bandolim, na Odeon. Em 1950, seu choro "Teu aniversário" foi gravado por Jacob do Bandolim na RCA Victor. Nesse ano, gravou mais três discos com Benedito Lacerda registrando os choros "Atraente", de Chiquinha Gonzaga; "Matuto", de Ernesto Nazareth; "Displicente" e "Vagando", de sua autoria e Benedito Lacerda, e "A menina do sobrado", de Zequinha Reis. Num desses disco, registrou sozinho ao saxofone o lundu "Yaô", de sua autoria. No ano seguinte, seu choro "Lamentos" foi regravado por Jacob do Bandolim. Em 1953, teve o choro "Não posso mais" gravado por Canhoto e Seu regional. No início da década de 1950, sua carreira entrou em declínio, fato que se reverteu em 1954, quando Almirante organizou em São Paulo o I Festival da Velha Guarda, reunindo vários músicos veteranos do choro. No segundo Festival da Velha Guarda, a caravana carioca formou em caráter regular um conjunto denominado Velha Guarda do qual faziam parte além dele, Donga e João da Baiana, entre outros. Em 1955, o grupo alcançou grande sucesso na Boate Casablanca, constituindo a grande atração do Show Zilco Ribeiro. Nesse mesmo ano, o grupo gravou seu primeiro LP na Sinter "A Velha Guarda". Nesse disco, aparecem suas obras "Que perigo" e "Patrão prenda seu gado", esta, em parceria com Donga e João da Bahiana. No mesmo ano, foi lançado o LP "Carnaval da Velha Guarda", do qual constam suas composições "Já te digo"; "Gavião calçudo" e "Ah! Eu queria". Ainda no mesmo ano, fez com Benedito Lacerda e outros nomes do Grupo da Velha Guarda uma temporada de um mês na TV Record intitulada "Pessoal da Velha Guarda". Em 1956, lançou o LP "5 Companheiros - Pixinguinha e os chorões daquele tempo", com as músicas "Um a zero"; "Naquele tempo"; "Proesas do Solon"; "Vou vivendo"; "Segura ele"; "Ingênuo"; " Chorei " e "Sofres porque queres", parcerias com Bededito Lacerda, além de "Tapa buraco"; "Cinco companheiros"; "Lamento" e "Cuchicho", de sua autoria. Ainda nesse ano, saiu o segundo disco com o "Festival da Velha Guarda", no qual constou seu choro "Proezas do Solon", com Benedito Lacerda. Em 1957, seus choros "Sofres porque queres", com Benedito Lacerda e "Cochichando", foram gravados por Jacob do Bandolim. Nesse ano, lançou o LP "Assim é que é - Pixinguinha e sua banda", no qual interpretou "Dando topada"; " Assim é que é"; " Cascatinha", de sua autoria; "Flausina", com Pedro Gaudino; "Morcego", com Irineu de Almeida; "Bebe", com Paulino Sacramento e "Maxixe de ferro", com José Nunes, além de "Molengo", de Pedro A. da Silva; "A cigana de Catumbi", de J. Resende; "Alfredinho no choro", de Alfredinho; "Buliçoso", de Juvenal Peixoto e "Me deixou", de José Ramos. Ainda em 1957, lançou o LP "Pixinguinha e sua banda em carnaval de Nássara", no qual executou obras do compositor e caricaturista Nássara, entre as quais, "Formosa", com J. Rui; "Tipo 7", com Alberto Ribeiro; "Periquitinho verde", com Sá Roris; "Na casa do seu Tomás", com J. Cascata e "Balzaqueana" e " Mundo de zinco", com Wilson Batista, entre outras. Em 1959, gravou com sua orquestra na RCA Victor a polca "Marreco quer água" e o choro "Paciente", ambos de sua autoria. Nesse ano, gravou o LP "Marchinhas carnavalescas de João de Barro e Alberto Ribeiro - Pixinguinha e sua banda", que incluiu 12 sucessos da dupla João de Barro e Alberto Ribeiro como "Gato na tuba"; "Deixa a lua sossegada"; Pirulito"; "China pau"; "Pirata da perna de pau"; "Touradas em Madri" e "Yés nós temos bananas", entre outras. Em 1960, lançou pela Musidisc o LP "Alegria - Pixinguinha e sua orquestra", no qual interpretou "Eva"; "Miau... Miau"; "A mulher do leiteiro"; "O passo do cangurú"; "O passarinho do relógio"; "Toureiro"; "Andorinha"; "Índio quer apito"; "Cala a boca"; "Reza por nosso amor" e "Nega do Congo", todas da dupla Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, além de "Serpentina", de Haroldo Lobo e David Nasser; "A Maria tá", de Milton de Oliveira, Haroldo Lobo e Jair Noronha; "Allah-lá-ô", de Nássara e Haroldo Lobo; "Senhor comissário", de Haroldo Lobo e Benedito Lacerda; " Não tenho lágrimas", de Milton de Oliveira e Max Bulhões, e "Fala Mangueira" e "Obsessão", de Milton de Oliveira e Mirabeau, entre outras. Em 1962, convidado por Alex Viany para fazer a trilha sonora de filme "Sol sobre a lama", acabou por se tornar parceiro do poeta e letrista Vinicius de Moraes que fazia parte da equipe. Duas músicas tornaram-se grandes sucessos, transcendendo até mesmo o próprio filme, "Lamento" e "Mundo melhor". Em 1963, segundo notícia publicada no Jornal O Globo, fez parte, juntamente com Lúcio Rangel, Sargentelli e Donga, do júri que participou do júri do I Torneio de Bateria do Estado da Guanabara, realizado no Maracanãzinho e que teve como vencedoras, as baterias das Escolas de Samba Acadêmicos do Salgueiro e Flor do Lins. Em 1966, prestou depoimento ao M.I.S, que obteve grande repercussão na imprensa e que seria depois reproduzido no livro "As vozes desassombradas do Museu" prefaciado e editado por Ricardo Cravo Albin, três anos depois. Em 1967, lançou o LP "Carnaval dos bons tempos - Pixinguinha e sua banda", interpretando clássicos carnavalescos como "Mamãe eu quero", de Vicente Paiva e Jararaca; "Grau dez", de Ary Barroso e Lamartine Babo; "Maria Escandalosa", de Armando Cavalcanti e Klécius Caldas; "O teu cabelo não nega", de Irmãos Valença e Lamartine Babo e "Império do samba", de Zé da Zilda e Zilda do Zé. Em 1968, foi lançado o LP "Gente da antiga", produzido por Hermínio B. de Carvalho para a Odeon, contando também, com a participação de Clementina de Jesus e João da Baiana. Desse disco contaram as músicas: "Os Oito Batutas", com Benedito Lacerda; "Yaô", com Gastão Vianna; "Fala baixinho", com Hermínio B. de Carvalho e "Elizete no chorinho" e "Aí, seu Pinguça", de sua autoria; "Quê, quê, rê, quê, quê"; "Batuque na cozinha" e "Cabide de molambo", de João da Baiana, além de "Roxá"; "A tua sina"; "Mironga de moça branca" e "Estácio, Mangueira", de motivos folcloricos. Nesse mesmo ano, prestou a segunda parte de seu depoimento ao Museu, por ocasião dos festejos de seus 70 anos, comemorados, também, pelo Museu com um concerto no Teatro Municipal. Esse concerto contou com as participações de Jacob do Bandolim, orquestra de Radamés Gnattali, Trio de flautas do Teatro Municipal; Conjunto Época de Ouro e grupo Os Boêmios. Na ocasião, foram interpretados seus choros "Carinhoso"; "Vou pra casa"; "Os cinco companheiros"; "Lamento"; "Ingênuo"; "Rosa" e "Marreco quer água", além do choro "Passatempo" e do xote "Gargalhada" que na ocasião, receberam suas primeiras gravações. Foram também executadas também pela orquestra de Radamés Gnattali a valsa "Uma rosa para Pixinguinha" e o primeiro movimento da suíte "Retratos", de nome "Pixinguinha", composições de Radamés Gnattali. Assistiu ao concerto no camarote de honra do Teatro Municipal sendo devidamente ovacionado pela platéia. Em 1969, em visita à cidade de Porto Alegre onde aconteceria um show em homenagem a aniversário de 70 anos, foi entrevistado pelo radialista Vanderlei Malta da Cunha para o programa "Domingo & Arte", que o jornalista apresentava na Rádio Metrópole AM. Na ocasião, perguntado sobre o que achava dos Festivais, verdadeira febre naquela época, assim respondeu: "Eles fazem uma letra interessante e não dão importância à musica. No Festival da Canção, cantam uma letra que agrade, todo mundo canta. E música... Qualquer uma serve. Às vezes a canção tira primeiro lugar por causa da palhaçada, porque eles vão cantar fantasiados, querem fazer o carnaval, aí todo mundo bate palma... O concurso está mal organizado. Se é festival de música, tem que tratar da música. Se não, ninguém vai tomar parte. Eu, por exemplo, não quero saber de festival nenhum." Em 2015, essa entrevista foi publicada pelo jornal O Globo. Em 1971, a RCA Victor lançou em parceria com o M.I.S o LP gravado ao vivo "Pixinguinha 70", extraído do concerto do Municipal. No mesmo ano, a Odeon lançou o LP "Som Pixinguinha" no qual aparecem interpretações suas para obras como "Desprezado"; "Gargalhada"; " Pula sapo"; "Samba do urubu", de sua autoria, além de outras como "O gato e o canário", com Benedito Lacerda e "Samba fúnebre", com Vinicius de Moraes. Em 1972, o instrumentista Dilermando Reis lançou o LP "Dilermando Reis interpreta Pixinguinha", do qual constaram obras como "Carinhoso", com João de Barro; "Lamentos", com Vinicius de Moraes; "Cheguei" e "Ingênuo", com Benedito Lacerda, e "Cinco companheiros", entre outras. Em 1973, foi homenageado com todo um capítulo no projeto "MPB 100 ao vivo" irradiado pelo Projeto Minerva em todas as Rádios do país e que resultaram em 8 LPs, nos quais ele foi tocado e cantado por Altamiro Carrilho e Paulo Tapajós. Em 1975, foi homenageado no LP "Pixinguinha de novo - Altamiro Carrilho e Carlos Poyares", lançado pelo selo Marcus Pereira e do qual constam composições suas menos conhecidas como "Diplomata"; " Recordações"; " Te encontrei"; " A vida é um buraco"; "Sonhos"; "Desencanto"; "Não me digas"; "Sarravulho"; "Um chorinho para Elizeth"; "Inspiração"; " Caixa alta" e "Salto do grilo". Em 1977, o conjunto Época de Ouro lançou o LP "Conjunto Época de Ouro interpreta Pixinguinha e Benedito Lacerda", pela Continental. Em 1979, no LP duplo "Chorões, choradas e chorinhos", foram registradas por Altamiro Carrilho e seu conjunto 16 músicas suas até então inéditas, em produção de Ricardo Cravo Albin e Mozart de Araújo para a Cis (Cia. Interamericana de Seguros), disco de brinde de Natal. Em 1982, o selo Funarte lançou o LP "Vivaldi & Pixinguinha - Radamés Gnattali (Piano/Cravo) e Camerata Carioca", disco do qual constam suas composições "Carinhoso"; "Ingênuo"; "Vou vivendo"; "Marreco quer água"; "Devagar e sempre"; "Tapa buraco" e "Um a zero". Em 1983, a Funarte lançou o disco "Elizeth - uma rosa para Pixinguinha", com a cantora Elizeth Cardoso. Em 1988, foram lançados os LPs "Clara Sverner & Paulo Moura interpretam Pixinguinha", pela Sony Music, e "Pixinguinha Orquestra Brasília", pela Kuarup Discos. Ainda nesse ano, foi lançado pelo selo Kuarup o LP "15 anos sem Pixinguinha" no qual suas obras clássicas foram reinterpretadas por Henrique Cazes e Joel Nascimento. Em 1989, a Kuarup lançou o LP "Orquestra Brasília - O maior legado escrito de Pixinguinha", com as presenças de Henrique Cazes e Oscar Bolão interpretando obras como "Cheguei" e "Naquele tempo", entre outras. Em 1992, a Odeon lançou o LP "São Pixinguinha". Em 1994, o selo Revivendo lançou o CD "Oito Batutas", com as gravações feitas pelo grupo na Argentina em 1923, incluindo suas obras "Urubu"; "Lá ré" e "Já te digo". Em 1995, o pianista Ricardo Camargos lançou a gravação independente "Piano Pixinguinha", com patrocínio da Telerj. Em 1996, a Kuarup lançou o CD "Sempre Pixinguinha - 100 anos", uma reedição do disco produzido oito anos antes como brinde de natal contendo choros como "Lamentos"; "Ingênuo"; "1x0"; "Os oito Batutas" e "Carinhoso", entre outros, interpretados por Paulo Sérgio Santos; Marco Pereira; Chiquinho do Acordeom; João Carlos Assis Brasil; Joel Nascimento; Odete Ernest Dias; Henrique Cazes; Maurício Carrilho e outros. Nesse ano, saiu também o CD "Orquestra Pixinguinha", com regência de Henrique Cazes. Em 1997, foi lançado o CD "Pixinguinha - 100 anos - Ao vivo no CCBB", de um concerto realizado em sua homenagem no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, e no qual constaram, além das obras clássicas de seu repertório, outras menos executadas como "Diabólica"; " Trombone atrevido"; "Samba de fato", com Baiano, e "Sarrabulho no Carlos". No mesmo ano, o selo BMG lançou o CD duplo "Pixinguinha - 100 anos", mesclando obras mais regravadas com outras praticamente esquecidas como "Lá-ré"; "Os hôme implica comigo", com Carmen Miranda; "Conversa de crioulo", com João da Bahiana e Donga; "Página de dor", com Candido das Neves e " "Pagão" e "Acerta o passo", com Benedito Lacerda. Em 1999, foi lançado pela Multiletra Editora o CD "Pixinguinha para crianças - uma lição de Brasil". No ano 2000, o Instituto Moreira Salles abrigou em sua sede na Gávea, no Rio de Janeiro, o acervo Pixinguinha, com curadoria de seu filho, Alfredo da Rocha Vianna Neto. No mesmo ano, o intrumentista Carlos Malta lançou de maneira independente o CD "Pixinguinha alma e corpo - Carlos Malta e quarteto de cordas". Em 2002, o grupo Água de Moringa lançou pela Sony Music o CD "As inéditas de Pixinguinha", no qual registraram 13 obras inéditas do compositor: "Viva João da Baiana"; " Machuca Mané"; "Valsa triste"; " No terreiro de Alibibi", com Gastão Viana; "Eu te quero"; "Dengo dengo"; "Espere um pouco"; "Os que sofrem"; "Kalú", com Gastão Viana; "Vamos lá"; "Valsa teu nome"; "Meu sabiá" e "Maria Conga", com Gastão Viana. Em 2005, teve obras de sua autoria interpretadas pela Escola de Portátil de Música, projeto que levou mais de cem músicos, entre os quais Maurício Carrilho, Álvaro Carrilho, Luciana Rabelo e Cristóvão Bastos ao Largo da Crioca, centro do Rio de Janeiro. Em 2007, foi inaugurado no Instituto Moreira Salles, na Gávea, Rio de Janeiro, a exposição "Pixinguinha" comemorativa dos 110 anos de nascimento do maestro. Nessa exposição foram mostrados documentos raros sobre o artista como o contrato do artista com a Victor Talking Machine, além de partituras, fotos e objetos pessoais como a caneta-tinteiro, a palheta e a flauta. Foi também mostrado o filme "Pixinguinha e a velha guarda do samba", um curta metragem de Thomas Farkas e Ricardo Dias realizado em 1954, no qual o artista aparece tocando ao lado de Almirante, Donga, João da Bahiana e outros. Em 2009, o Jornal do Brasil dentro da série de reportagens "Hoje na História" reproduziu parte da reportagem publicada em 17 de fevereiro de 1973 quando do falecimento do maestro: "Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, foi o maestro responsável pela incorporação de elementos brasileiros às técnicas de orquestração e arranjo. Renovou assim a arte de fazer música no Brasil". No mesmo ano, foi lançada a caixa com três CDs intitulada "Série Pixinguinha" com material pesquisador pelo maestro Caio Cezar, pela produtora Lu Araújo e pelo cantor e compositor Marcelo Viana, neto de Pixinguinha. Nos três CDS, com 36 faixas estão valsas, maxixes, polcas, modinhas, macumbas e sambas que se transformaram em trilhas para o cinema e orquestrações sinfônicas. Os CDs receberam os títulos de "Pixinguinha no cinema", Pixinguinha sinfônico popular" e "Pixinguinha sinfônico". O CD "Pixinguinha sinfônico" contou com a participação da Orquestra Petrobras Sinfônica sob a regência do maestro Silvio Barbato. São interpretadas ainda obras inéditas do maestro: "Stela", tocada ao bandolim por Hamilton de Holanda; "Rancho abandonado", com Cândido das Neves, por Toninho Ferragutti ao acordeom; "Modinha brasileira", por José Staneck na gaita; "Canção da odalisca" por Carlos Malta no sax soprano, e "Os que sofrem", por Vittor Santos ao trombone. Já o CD "Pixinguinha sinfônico popular" foi gravado no Teatro de Santa Isabel no Recife com a orquestra do maestro Osman Gioia, com a participação de Oscar Bolão, na bateria; Itamar Assiere, ao piano e um quinteto de saxofones liderado por Carlos Malta. Em 2010, foi lançado pelo Instituto Moreira Salles/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo a caixa "Pixinguinha na pauta - 36 arranjos para o programa "O pessoal da velha guarda". O lançamento da caixa foi realizado no teatro Carlos Gomes no Rio de Janeiro pela Orquestra Pixinguinha na Pauta com participação especial do cantor Pedro Miranda, quando foram executados os 36 arranjos do maestro para compositores como Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Paulino sacramento, Jacó do Bandolim, entre outros, além de composições dele próprio. Segundo a organizadora do projeto "Pixinguinha na pauta", Bia Paes Leme, "Pixinguinha trouxe a rítmica brasileira para a orquestra. Não pela via da percussão, mas na orquestra inteira. Ele faz os sopros sambarem". Já o maestro Rildo Hora afirma: "Os arranjos amaxixados que faço para o Zeca Pagodinho carregam muita influência de Pixinguinha, no fraseado, no uso dos sopros. Pixinguinha é o pai da orquestração brasileira. Ele encontrou caminhos brasileiros melódicos, harmônicos, que influenciaram maestros como (Lindolfo) Gaya, Radamés (Gnattali) e Guerra-Peixe, com quem estudei e que era fã de Pixinguinha". Já no texto de apresentação do livro se pode ler: "Em seus saxofones e metais, tem o coração das bandas de sopro; nas cordas e nas madeiras, tem a sonoridade camerística das pequenas orquestras que atuavam nas revistas teatrais e nas salas de espera dos cinemas; tem ainda o conjunto regional do choro; e por fim, um colorido naipe de percussão, ligado ao samba e ao carnaval". Nesse ano foi lançado o livro/CD coordenado pelo saxofonista Mário Sève e pelo flautista David Gance em shows na Sala Baden Powell. Segundo o jornalista Tárik de Souza, "Pela primeira vez, os contrapontos criados pelo sax de Pixinguinha foram transcritos junto com a melodia da flauta de Benedito Lacerda em livro/CD". Ainda em 2010, seu choro "Naquele tempo", foi gravado em dueto de violão e acordeom, por Dominguinhos e Yamandu Costa, no CD "Lado B", do selo Biscoito Fino. Em 2011, foi lançado pelo selo Discobertas em convênio com o ICCA - Instituto Cultural Cravo Albin a caixa "100 anos de música popular brasileira" com a reedição em 4 CDs duplos dos oito LPs lançados com as gravações dos programas realizados pelo radialista e produtor Ricardo Cravo Albin na Rádio MEC em 1974 e 1975. No volume 1 está incluída a gravação de seus choros "Carinhoso", com Jão de Barro e "Rosa", na voz de Paulo Tapajós, e "Ingênuo", na interpretação de Altamiro Carrilho e seu conjunto. No mesmo ano, estreou no Teatro Carlos Gomes a opereta "Flôr tapuya" para a qual o maestro escreveu as melodias. A peça estreou originalmente em 1920 com libreto de Alberto Deodato e Danton Vampré e músicas do português Luís Quesada. Depois de fazer grande sucesso o maestro Quesada teve um desentendimento com a produção e abandonou a opereta levando as partituras. Então, por sugestão de Donga, o maestro Pixinguinha assumiu o posto e fez novos arranjos e a peça retomou o sucesso. A partitura original foi recuperada pelo flautista José Maria Braga do conjunto Galo Preto. Na versão estreada no Teatro Carlos Gomes atua Marcelo Viana, neto do maestro. Em 2012, foi lançado pelo pesquisador André Diniz o livro "Pixinguinha - o gênio e o tempo" contendo fotos inéditas do músico, além de um CD com arranjos originais de músicas como "Carinhoso", "Valsa dos ausentes" e "Lamentos". No mesmo ano, foi homenageado no Centro Cultural Banco do Brasil, de Brasília, com a exposição "Pixinguinha". Segundo o folder de divulgação do evento, "A mostra Pixinguinha coloca à disposição dos visitantes um imenso acervo formado por objetos pessoais preciosos - como o saxofone e a flauta do artista -, documentos, discos, premiações, fotografias, vídeos da época e gravações que vão recriar o clima das rodas de choro do passado". No mesmo ano, começou a ser filmado o longa metragem "Pixinguinha - Um homem carinhoso", de Denise Saraceni. Em 2013, foi homenageado pelo bandolinista Hamilton de Holanda no CD "Mundo de Pixinguinha", gravado em cidades como Málaga, Roma, Paris, Lisboa, Nova York e Rio de Janeiro, e contando com as participações do trompetista norte americano Wynton Marsalis, na música "Um a zero", o pianista cubano Chucho Valdés em "Lamentos" e "Benguelê", do pianista italiano Stefano Bollani, nas composições "Canção da Odalisca" e "Seu Lourenço no vinho", o acordeonista francês Richard Galliano, na valsa "Agradecendo", e do pianista português Mario Laginha, na valsa "Rosa". Para o bandolinista Hamilton de Holanda, "Pixinguinha (...) é o nome perfeito para abrigar esse encontro. Ele consegue sintetizar os ritmos nascentes brasileiros como o samba, com a valsa, a polca europeia. É capaz de encontrar o exato ponto de comunicação entre os dois universos". Em 2014, foi homenageado com o espetáculo "Pixinguinha em concerto", realizado no Teatro João Caetano, centro do Rio de Janeiro, no qual, foram executados arranjos originais dele, sendo executados por uma orquestra de 30 músicos, a Orquestra Pixinguinha em Pauta, com regência de Pedro Aragão e apresentação do cantor Alfredo Del-Penho. O concerto, realizado a partir de uma parceria entre o IMS, o Sesc e a Imprensa Oficial, foi uma celebração do lançamento de duas caixas de partituras do maestro: "Pixinguinha: outras pautas" e "O Carnaval de Pixinguinha". As caixas possuem 44 e 25 arranjos cada uma e incluem arranjos para clássicos como "Carinhoso" e "Lamentos", além de músicas de Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Sinhô, Anacleto de Medeiros, Donga e João da Bahiana.
Discografia
-
(2002) Aa inéditas de Pixinguinha • Sony Music • CD
-
(2000) Pixinguinha alma e corpo - Carlos Malta e Quarteto de Cordas • Independente • CD
-
(1999) Pixinguinha para crianças - Uma lição de Brasil • Multiletra Editora • CD
-
(1997) Pixinguinha - 100 anos - Ao vivo no CCBB • Sarau Produuções • CD
-
(1997) Pixinguinha - 100 anos • BMG Brasil • CD
-
(1997) Sempre Pixinguinha - 100 ANOS • Kuarup • CD
-
(1995) Piano Pixiguinha • Ricardo Camargos Gravação independente com patrocínio da Telerj •CD
-
(1994) Oito Batutas • Revivendo • CD
-
(1992) São Pixinguinha • Odeon • CD
-
(1988) 15 anos sem Pixinguinha • Kuarup • LP
-
(1988) Clara Sverner & Paulo Moura interpretam Pixinguinha • Sony Music • LP
-
(1988) Pixinguinha/Orquestra Brasília • Kuarup Discos • LP
-
(1982) Vivaldi e Pixinguinha - Radamés Gnattali (Piano/Cravo) e Camerata Carioca • Funarte • LP
-
(1975) Pixinguinha do novo • Marcus Pereira • LP
-
(1972) Dilermando Reis interpreta Pixinguinha • Continental • LP
-
(1971) Som Pixinguinha • Odeon • LP
-
(1968) Gente da antiga - Pixinguinha, Clementina de Jesus e João da Baiana • Odeon • LP
-
(1968) Pixinguinha 70 • MIS-006 • LP
-
(1967) Carnaval dos bons tempos - Pixinguinha e sua banda • RCA Victor • LP
-
(1960) Alegria, com Pixinguinha e sua orquestra • Musidisc • LP
-
(1959) Marreco quer água/Paciente • Victor • 78
-
(1959) Marchas de João de Barro e Alberto Ribeiro, com Pixinguinha e sua Banda • Sinter • LP
-
(1958) Cinco companheiros • Sinter • LP
-
(1957) Pixinguinha e Sua Banda em Carnaval de Nássara • Sinter • LP
-
(1957) Assim é que é Pixinguinha • Sinter • LP
-
(1956) 5 Companheiros - Pixinguinha e os chorões daquele tempo • Sinter • LP
-
(1956) Festival da Velha Guarda • Sinter • LP
-
(1955) A Velha Guarda • Sinter • LP
-
(1955) Carnaval da Velha Guarda • Sinter • LP
-
(1950) Yaô/Atraente • Victor • 78
-
(1950) Matuto/Displicente • Victor • 78
-
(1950) A menina do sobrado/Vagando • Victor • 78
-
(1949) Sedutor/O gato e o canário • RCA Victor • 78
-
(1949) Sofres porque queres/Seresteiro • RCA Victor • 78
-
(1949) Língua de preto/Devagar e sempre • RCA Victor • 78
-
(1949) Agüenta, seu Fulgêncio/Soluços • RCA Victor • 78
-
(1949) Acerta o passo/Marilene • RCA Victor • 78
-
(1949) Só para moer/Segura a mão • RCA Victor • 78
-
(1947) Andre de sapato novo/Ainda me recordo • RCA Victor • 78
-
(1947) Saudades do Rio/Os oito Batutas • RCA Victor • 78
-
(1946) Um a zero/Sofres porque queres • RCA Victor • 78
-
(1946) Naquele tempo/Segura ele • RCA Victor • 78
-
(1946) Vou vivendo/Cheguei • RCA Victor • 78
-
(1946) Tico-tico no fubá/Pagão • RCA Victor • 78
-
(1946) Vou vivendo/Naquele tempo • RCA Victor • 78
-
(1946) Saudades de Matão/Descendo a serra • RCA Victor • 78
-
(1946) Urubatan/Proezas do Solon • RCA Victor • 78
-
(1946) Ela e eu/Ingênuo • RCA Victor • 78
-
(1942) Chorei/Os cinco companheiros • Odeon • 78
-
(1941) Lamentos/Carinhoso • Victor • 78
-
(1938) Bicho danado • Victor • 78
-
(1938) Diabinho de saia • Victor • 78
-
(1936) Diabo solto • Victor • 78
-
(1936) Não há mais vale • Victor • 78
-
(1934) Recordando/Iolanda • Odeon • 78
-
(1933) Nostalgia de Plutão • Victor • 78
-
(1933) Luzia no frevo • Victor • 78
-
(1933) Braúlia • Victor • 78
-
(1933) Tudo no arrastão • Victor • 78
-
(1933) Quebra, meu bem • Victor • 78
-
(1932) Esperança (I)/Esperança (II) • Victor • 78
-
(1932) Ainda me recordo/Estou voltando • Victor • 78
-
(1932) Ai que dor/Como eu te amei • Victor • 78
-
(1931) Vamo chorá, nega?/Carrapato cum tosse • Victor • 78
-
(1931) Há ! Hu ! Lahô !/Patrão, prenda seu gado • Victor • 78
-
(1931) Conversa de crioulo/Café Viramundo • Victor • 78
-
(1931) Que querê/Já andei • Victor • 78
-
(1930) O urubu e o gavião • Victor • 78
-
(1930) A vida é um buraco • Victor • 78
-
(1930) Modulando/Doutor. ... Sem sorte • Victor • 78
-
(1930) Tamoio/Benga • Victor • 78
-
(1930) Quebrando/Amparito • Victor • 78
-
(1930) Perfume de mulata/Pistonista sabido • Victor • 78
-
(1930) Marcha Cabanas • Victor • 78
-
(1930) Viva Isidoro • Victor • 78
-
(1930) Miguel Costa • Victor • 78
-
(1929) Despresado/Tem fogo aqui! • Parlophon • 78
-
(1929) Vem cá, não vou/Urubatam • Victor • 78
-
(1929) Suspiros/Carinhoso • Victor • 78
-
(1929) Aborrecido • Victor • 78
-
(1929) Agüenta seu Fulgêncio • Victor • 78
-
(1929) Segura ele • Victor • 78
-
(1928) Infantil/Número um • Odeon • 78
-
(1928) Vamos brincar/Ainda existe • Odeon • 78
-
(1928) Lamentos/Amigo do povo • Parlophon • 78
-
(1928) Os teus beijos • Parlophon • 78
-
(1928) Não diga não/Carinhoso • Parlophon • 78
-
(1926) Tapa buraco • Odeon • 78
-
(1926) Sapequinha • Odeon • 78
-
(1923) Meu passarinho/Até eu • Victor • 78
-
(1923) Caruru/Urubu • Victor • 78
-
(1923) Graúna/Me deixa, serpentina! • Victor • 78
-
(1923) Lá-Ré/Pra quem é... • Victor • 78
-
(1923) Se papai souber/Tricolor • Victor • 78
-
(1923) Bataclan/Lá vem ele • Victor • 78
-
(1923) Nair/Não presta pra nada • Victor • 78
-
(1923) Falado/Já te digo • Victor • 78
-
(1923) Três estrelinhas/Vira a casaca • Victor • 78
-
(1923) Até a volta/Vitorioso • Victor • 78
-
(1922) Ipiranga • Odeon • 78
-
(1922) Dançando • Odeon • 78
-
(1921) Eu também vou • Odeon • 78
-
(1921) Domingo eu vou lá • Odeon • 78
-
(1919) Os oito batutas • Odeon • 78
-
(1919) Fica calmo que aparece • Odeon • 78
-
(1919) Agonia lenta • Odeon • 78
-
(1919) Os dois que se gostam • Odeon • 78
-
(1919) Nostalgia ao luar • Odeon • 78
-
(1919) Os escoteiros • Odeon • 78
-
(1917) Morro da favela • Odeon • 78
-
(1917) Morro do Pinto • Odeon • 78
-
(1917) Sofres porque queres • Odeon • 78
-
(1917) Rosa • Odeon • 78
-
(1913) Carne assada • Phoenix • 78
-
(1913) Não tem nome • Phoenix • 78
-
(1913) Guará • Phoenix • 78
-
(1913) Roseclair • Phoenix • 78
-
(1912) O morcego • Odeon • 78
-
(1912) Lulu • Odeon • 78
-
(1912) Qualquer coisa • Odeon • 78
-
(1911) Nhonhô em Sarilho • Odeon • 78
-
(1911) Nininha • Odeon • 78
-
(1911) Dainéia • Odeon • 78
-
(1911) São João debaixo d'água • Odeon • 78
-
(1911) Isto não é vida • Odeon • 78
-
(1911) Salve (A princesa de cristal) • Odeon • 78
Obra
-
A pombinha (c/ Donga)
-
A vida é um buraco
-
Agüenta, seu Fulgêncio
-
Ai, eu queria (c/ Vidraça)
-
Ainda existe
-
Amigo do povo
-
Assim é que é
-
Benguelê
-
Bianca (c/ Andreoni)
-
Buquê de flores (c/ W. Falcão)
-
Cafezal em flor (c/ Eugênio Fonseca)
-
Carinhos
-
Carinhoso (c/ João de Barro)
-
Carnavá tá aí (c/ Josué de Barros)
-
Casado na orgia (c/ João da Baiana)
-
Casamento do coronel Cristino
-
Céu do Brasil (c/ Gomes Filho)
-
Chorei
-
Chorinho no parque São Jorge (c/ Salgado Filho)
-
Cochichando (c/ João de Barro e Alberto Ribeiro)
-
Conversa de crioulo (c/ Donga e João de Baiana)
-
Dança dos ursos
-
Dando topada
-
Desprezado
-
Displicente
-
Dominante
-
Encantadora
-
Estou voltando
-
Eu sou gozado assim
-
Fala baixinho (c/ Hermínio Bello de Carvalho)
-
Festa de branco (c/ Baiano)
-
Foi muamba (c/ Índio)
-
Fonte abandonada (c/ Índio)
-
Fratenidade
-
Gavião calçudo
-
Glória
-
Guiomar (c/ Baiano)
-
Há! hu! lá! ho! (c/ Donga e João da Baiana)
-
Harmonia das flores (c/ Herminio Bello de Carvalho)
-
Infantil
-
Iolanda
-
Isso é que é viver (c/ Herminio Bello de Carvalho)
-
Isto não se faz (c/ Herminio Bello de Carvalho)
-
Já andei (c/ Donga e João da Baiana)
-
Já te digo (c/ China)
-
Jardim de Ilara (c/ C. M. Costal)
-
Knock-out
-
Lá-ré
-
Lamento (c/ Vinícius de Moraes)
-
Lamentos
-
Leonor
-
Levante, meu nego
-
Lusitânia (c/ F. G. D. )
-
Mais quinze dias
-
Mama, meu netinho (c/ Jararaca)
-
Mamãe Isabé (c/ João da Baiana)
-
Marreco quer água
-
Meu coração não te quer (c/ E. Almeida)
-
Mi tristezas solo iloro
-
Mulata baiana (c/ Gastão Viana)
-
Mulher boêmia
-
Mundo melhor (c/ Vinícius de Moraes)
-
Não gostei dos teus olhos (c/ João da Baiana)
-
Não posso mais
-
Naquele tempo
-
Nasci pra domador (c/ Valfrido Silva)
-
No elevador
-
Noite e dia (c/ W. Falcão)
-
Nostalgia ao luar
-
Número um
-
O meu conselho
-
Onde foi Isabé
-
Os batutas (c/ Duque)
-
Os cinco companheiros
-
Os home implica comigo (c/ Carmen Miranda)
-
Oscarina
-
Paciente
-
Página de dor (c/ Índio)
-
Papagaio sabido (c/ C. Araújo)
-
Patrão, prenda seu gado (c/ Donga e João da Baiana)
-
Pé de mulata
-
Poema de raça (c/ Z. Reis e Benedito Lacerda)
-
Poética
-
Por vôce fiz o que pude (c/ Beltrão)
-
Pretenciosa
-
Promessa
-
Que perigo
-
Que querê (c/ Donga e João da Baiana)
-
Quem foi que disse
-
Raiado (c/ Gastão Viana)
-
Rancho abandonado (c/ Índio)
-
Recordando
-
Rosa (c/ Otávio de Souza)
-
Rosa
-
Samba de fato (com Baiano)
-
Samba de nego
-
Samba do urubu
-
Samba fúnebre (c/ Vinícius de Moraes)
-
Samba na areia
-
Sapequinha
-
Saudade do cavaquinho (c/ Muraro)
-
Seresteiro
-
Sofres porque queres
-
Solidão
-
Sonho da Índia (c/ N. N. e Duque)
-
Stella (c/ de Castro e Souza)
-
Teu aniversário
-
Teus ciúmes
-
Triangular
-
Tristezas não pagam dívidas
-
Um caso perdido
-
Uma festa de Nanã (c/ Gastão Viana)
-
Urubu
-
Vamos brincar
-
Variações sobre o urubu e o gavião
-
Vem cá! não vou!
-
Vi o pombo gemê (c/ Donga e João da Baiana)
-
Você é bamba (c/ Baiano)
-
Você não deve beber (c/ Manuel Ribeiro)
-
Vou pra casa
-
Xou Kuringa (c/ Donga e João da Baiana)
-
Yaô africano (c/ Gastão Viana)
-
Zé Barbino (c/ Jararaca. )
